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Poliana Giani

O pai do meu filho pode falar mal de mim para ele? 


imagem sobre um celular

Essa é uma questão muito recorrente, quando o pai, genitor, utiliza de palavras, gestos e atitudes para falar mal da mãe para a criança.



Mas isso é crime? O pai pode fazer isso? 

Não pode e em certos casos, é crime!

Falar mal de um dos pais para a criança é uma forma de alienação parental e é considerado prejudicial para o bem-estar emocional da criança.



Afinal, o que é Alienação parental? 

A alienação parental é quando um dos pais influencia negativamente a criança contra o outro genitor, prejudicando o relacionamento entre eles. 



Ela pode ocorrer por meio de palavras, onde um dos pais fala mal do outro para a criança, distorcendo a imagem e prejudicando o relacionamento entre eles. Também pode acontecer por meio de ações, como interferir nas visitas ou manipular situações para prejudicar a relação entre a criança e o genitor alvo.


Algumas falas que podem configurar:

"Esse presente que sua mãe te deu é feio e ela só te dá coisa ruim"

"A casa da sua mãe é um lixo"

"Eu estou adoecendo por culpa da sua mãe"

"A sua mãe é a pior mãe do mundo"



Além disso, pode causar danos emocionais à criança e ao relacionamento com o genitor alvo. Confusão, ansiedade e até mesmo hostilidade em relação ao genitor alvo. 


A Lei 12.318 de 2010 dispõe acerca da alienação parental, dispondo em seu artigo 2º: “Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.


Assim, durante o processo de guarda e alimentos, lidar com a alienação parental pode ser extremamente desafiador!


Uma das coisas mais importantes a fazer é documentar tudo o que acontece. Isso inclui mensagens de texto, e-mails, gravações de telefonemas e qualquer outro comportamento que demonstre a alienação.

Tudo isso com auxílio de um advogado para facilitar ainda mais, pois essas evidências servirão no processo. 


Além disso, tente manter uma comunicação direta e respeitosa com o outro genitor. Expresse suas preocupações sobre como as ações estão afetando o bem-estar da criança.


Lembre-se de manter o foco na criança e evitar confrontos desnecessários, porque o mais importante é pensar no bem estar do menor.


É crucial também seguir todas as ordens judiciais relacionadas à guarda e visitação, mesmo que o outro genitor não o faça. Isso mostra seu compromisso com o melhor interesse da criança.


Buscar apoio legal é outra medida importante. Um advogado especializado em direito de família pode fornecer orientação sobre como lidar com a situação dentro do contexto do processo de guarda.


E, acima de tudo, priorize o bem-estar da criança. Mantenha um ambiente positivo e estável para ela, continue sendo uma mãe/pai presente e evite falar mal do outro genitor na frente da criança. O objetivo é garantir que ela cresça em um ambiente saudável, mesmo diante das dificuldades enfrentadas durante o processo de guarda.



Se você está passando por isso, entenda seus direitos.


O escritório Milena Camargo Advocacia é especialista em direito de família e sucessões. Ficou alguma dúvida sobre isso? me mande uma mensagem, terei o prazer em respondê-la através do telefone (62) 98492-5445 ou email advmilenacamargo@gmail.com.


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